A engenheira agrônoma Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja em Londrina, Paraná, foi agraciada com o Prêmio Mundial da Alimentação de 2025, conhecido como o “Nobel da Agricultura”. Este reconhecimento internacional destaca suas contribuições pioneiras no desenvolvimento de fertilizantes biológicos, que têm transformado práticas agrícolas no Brasil e em outros países.
Com uma carreira de mais de quatro décadas, Mariangela tem se dedicado à pesquisa de microrganismos do solo que promovem a fixação biológica de nitrogênio. Essas inovações permitem reduzir o uso de fertilizantes químicos, diminuindo custos para os agricultores e impactos ambientais. Seu trabalho tem sido fundamental para posicionar o Brasil como líder em agricultura sustentável.
Além de sua atuação na Embrapa, Mariangela é professora e orientadora de pós-graduação na Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde já formou mais de 50 alunos. Ela também ocupou a presidência da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo entre 2001 e 2003, sendo a primeira mulher a liderar a entidade.
O Prêmio Mundial da Alimentação, criado em 1986 pelo agrônomo Norman Borlaug, reconhece indivíduos que contribuem significativamente para a melhoria da qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo. A conquista de Mariangela Hungria reforça a importância da ciência brasileira no cenário global e inspira futuras gerações de pesquisadores comprometidos com a sustentabilidade e a segurança alimentar.