Ganho líquido foi de US$ 1,73 bilhão no período
A fabricante de máquinas agrícolas Deere & Co registrou lucro líquido de US$ 1,73 bilhão no terceiro trimestre fiscal, encerrado em 28 de julho. O resultado ficou 42% abaixo do lucro reportado no mesmo intervalo do ano fiscal anterior. A empresa associou o resultado a queda nas vendas devido à deterioração nas condições dos mercados globais agrícola e de construção. O lucro líquido diluído por ação foi de US$ 6,29, ante US$ 10,20 um ano antes.
“Apesar de enfrentar ventos contrários significativos, nossas equipes demonstraram resiliência na adaptação às flutuações do mercado, permitindo-nos permanecer focados em avançar nossa estratégia e fornecer consistentemente valor excepcional aos nossos clientes”, afirmou em comunicado o presidente e CEO da Deere & Co, John May.
O CEO acrescentou que a companhia tomou medidas para reduzir custos e alinhar a produção à demanda global. “Embora essas decisões tenham sido difíceis, elas são vitais para nosso sucesso e competitividade contínuos”, afirmou. A Deere & Co informou que espera ter um gasto da ordem de US$ 150 milhões com demissões e uma economia de US$ 230 milhões no ano fiscal. A companhia não informou, entretanto, qual será o tamanho do corte no quadro de empregados.
A receita líquida recuou 17% no terceiro trimestre fiscal, para US$ 13,15 bilhões. O negócio de produção e agricultura de precisão registrou queda de 25% em receita líquida, para US$ 5,09 bilhões, como resultado de queda nos volumes embarcados. O lucro operacional recuou 35%, para US$ 1,16 bilhão, influenciado pela queda nos embarques e aumento de despesas com empregados. As vendas na área de agricultura de pequeno porte e grama recuaram 18%, para US$ 3,05 bilhões. O lucro operacional encolheu 32%, para US$ 496 milhões.
Para o ano fiscal, a companhia projeta um lucro de aproximadamente US$ 7 bilhões, com impacto em queda de vendas. O segmento de equipamentos de construção e florestal recuou 13% em vendas, para US$ 3,23 bilhões. O lucro operacional recuou 37%, para US$ 448 milhões. O resultado foi associado à queda nas vendas, mix desfavorável de produtos vendidos e queda de preços.
Venda do Banco John Deere
No terceiro trimestre, o conselho de administração da companhia autorizou a venda de 50% da sua subsidiária Banco John Deere (BJD), no Brasil, para o banco Bradesco. Os bancos criaram uma joint venture para a área de agronegócio. A marca Banco John Deere será mantida.
O banco está incluído no segmento de serviços financeiros da empresa e financia empréstimos de varejo e atacado para equipamentos agrícolas, de construção e florestais.
De acordo com a Deere & Co, a transação reduzirá o risco incremental da empresa à medida que continuar crescendo no mercado brasileiro.
Por conta da venda, a empresa incluiu no balanço uma reversão de US$ 38 milhões em provisão para perdas de crédito e estabeleceu uma provisão de avaliação de US$ 53 milhões sobre os ativos mantidos para venda. O impacto líquido foi uma perda antes e depois de impostos de US$ 15 milhões, registrada em despesas com vendas, gerais e administrativas.