Serão destinados cerca de R$ 75 bilhões para ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil
Representantes da indústria de alimentos confirmaram, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (16/7), investimentos de R$ 120 bilhões no país até 2026. Serão destinados cerca de R$ 75 bilhões para ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil. As empresas do setor também vão aportar R$ 45 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.
Parte desses investimentos já havia sido anunciada. Entre as iniciativas estão aplicações de R$ 15 bilhões da JBS na expansão produtiva, especialmente em Mato Grosso, de R$ 7 bilhões da Nestlé na ampliação de fábricas e da produção de café em Araras (SP) e de R$ 5,6 bilhões da BRF em diversos frigoríficos pelo país.
Também estão na lista investimentos de R$ 4 bilhões da Coca-Cola para a modernização e expansão das fábricas, de R$ 3,5 bilhões da Coamo, do Paraná, para ampliação da capacidade de armazenamento e processamento de grãos, e de R$ 3,5 bilhões da CMAA para expansão da capacidade de moagem e produção de açúcar em Minas Gerais.
O encontro ocorreu na tarde desta terça-feira (16/7), no Palácio do Planalto, e contou com a participação do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Agricultura, Carlos Fávaro. A reunião teve a participação do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), João Dornellas.
A entidade informou que, do total, R$ 23 bilhões já foram investidos em 2023. Outros investimentos informados foram da Cargill (R$ 2,6 bilhões), da Nutriza Alimentos Nordeste (R$ 2 bilhões), da Bunge Alimentos (R$ 1,7 bilhão), da Cocamar (R$ 1,3 bilhão), da Pepsico (R$ 1,2 bilhão) e da Mondelez (R$ 1 bilhão).
Aportes da Bauducco, Camil, Cooperativa Oeste Catarinense, C. Vale, Caramuru, Cerradinho, Comigo, Cooperativa Agropecuária Tradição, Copasul, Laticínios Tirolez, Kellanova, Natural One, Cutrale, Usinas Cariripe, General Mills e Unilever somam outros R$ 8,2 bilhões.
As indústrias associadas da Abia processam 61% de tudo o que é produzido no campo, com produção de 273 milhões de toneladas de alimentos por ano, de acordo com nota da entidade.