O evento ocorreu entre a última quinta-feira (5) e o sábado (7). Com um estande, o Opinião CE fez a cobertura da maior feira agropecuária do Norte e Nordeste
A edição de 2025 do PEC Nordeste, maior feira agropecuária do Norte e Nordeste, chegou ao fim neste sábado (7), após três dias de seminários, exposições, leilão e muito mais. O Opinião CE, presente no evento com um estande, cobriu todos os acontecimentos da feira.
Organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Ceará (Senar/CE), pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE) e pelos Sindicatos Rurais, o evento busca a capacitação de produtores rurais, estudantes, profissionais e micro e pequenas empresários do setor.
A edição deste ano, a 27ª, envolveu 16 segmentos do agro. Foram eles: Agroindústria, Apicultura e Meliponicultura, Aquicultura e Pesca, Avicultura Caipira e Industrial, Bovinocultura de Corte e de Leite, Carcinicultura, Caprinovinocultura, Equinocultura Fruticultura, Cajucultura, Floricultura e Paisagismo, Suinocultura, Meio Ambiente, Carnaúba, além do segmento PET.
Antes da realização do evento, a estimativa era de que ele movimentasse cerca de R$ 150 milhões em negócios, além de contar com um público de 100 mil pessoas durante os três dias. A feira reuniu mais de 600 empresas e instituições, distribuídas em aproximadamente 1,4 mil estandes de exposição. O balanço de quantas pessoas estiveram presentes deve ser fechado nesta semana.
CRESCIMENTO DO AGRO
Presidente da Faec desde 2022, Amílcar Silveira, em entrevista ao Opinião CE, destacou o crescimento da feira nos últimos anos. Como ele explicou, não só o PEC Nordeste cresce, como também a agropecuária no Estado. Para os próximos cinco anos, a previsão do representante do agro cearense é de que as exportações cheguem a US$ 1 bilhão por ano, equivalente a R$ 5,5 bilhões.
Ainda durante a entrevista, ele alertou para a preocupação com a irregularidade espacial da quadra chuvosa deste ano. Apesar de as chuvas terem sido regulares em relação ao volume, algumas regiões do Estado tiveram pouca precipitação. Amílcar destacou que os produtores não podem transferir responsabilidades para o Governo caso o cenário afete a produção.
“Nós temos de contar com o apoio dele [Governo], mas temos de assumir a nossa responsabilidade. Eu sou o presidente da Federação da Agricultura e temos presidentes de sindicatos. Nós temos de agir”, disse, afirmando esperar colaboração de todos os produtores para que “dias melhores venham”. O presidente já havia comentado sobre o assunto na abertura do evento, como lembrou:
Em relação ao governador Elmano de Freitas (PT), aliás, Amílcar frisou que ele tem cooperado com o agronegócio. “Eu agradeço por isso. Estou feliz, porque, na verdade, quem ganha com isso é o Ceará. Quando eu estendo a mão e o outro pega, para ajudar produtores, é bem-vindo. Sou crítico de quem faz mal ao produtor e elogio quem faz bem ao produtor rural. O governador Elmano tem cooperado para isso”, disse.
ANÚNCIO DE MEDIDAS PARA O PRODUTOR
O governador, aliás, recebeu a maior honraria do setor na noite de quinta-feira (5), na abertura. O chefe do Executivo cearense foi agraciado com a Medalha Prisco Bezerra, que também foi entregue ao produtor rural Fábio Régis e ao vice-presidente de administração e finanças da Faec, Luiz Mendes.
Na ocasião, Elmano anunciou a isenção da cobrança de água bruta para produtores que trabalham com irrigação em até 20 mil litros, cerca de 7 hectares, e carcinicultores com produção de 3 a 4 hectares. Também foi anunciada a construção do Parque de Exposição e a Cavalaria do Eusébio, no local do autódromo do município.
Escrito por Felipe Barreto
