Nem tufão derruba uma das maiores turbinas eólicas offshore do mundo

Velocidade do vento na ilha de Hainan, na China, alcançou os 234 km/h

As gigantes turbinas levantadas pela Mingyang passaram pela prova real. Dois meses após a instalação da OceanX, o tufão Yagi atingiu as turbinas eólicas localizadas no sul da China entre 31 de agosto e 8 de setembro. Surpreendentemente, elas se mantiveram em pé, mesmo enquanto outras instalações próximas foram destruídas.

A empresa chinesa está participando, entre os dias 22 e 24 de outubro, do Brazil Windpower 2024, tido como um dos eventos de maior importância do setor no país. O congresso ocorre na São Paulo Expo, na capital paulista.

Para resistir a tufões e tempestades tropicais, a OceanX foi desenvolvida com tecnologia anti-tufão. Construída pela Mingyang, ela é considerada a segunda maior turbina eólica offshore do mundo.

Com a passagem do tufão Yagi, a velocidade do vento na ilha de Hainan alcançou os 234 km/h, e isso o tornou um dos mais potentes tufões que atingiram a região neste ano. A Administração Meteorológica da China definiu o Yagi como um dos tufões mais potentes da temporada a atingir a China desde 1949.

Instalada em julho, a Mingyang escolheu a região justamente para extrair o máximo das turbinas eólicas. Capaz de operar mesmo sob tufões de nível 17, suportando ventos de até 288 km/h, a OceanX mantém sua eficiência mesmo diante dos piores cenários climáticos, como provou com a passagem do Yagi.

A unidade possui rotor duplo com capacidade de 16,6 megawatts. A turbina foi desenvolvida em formato de “V”, com hélices com diâmetro que varia de 260 a 292 metros, o equivalente a nove campos de futebol.

Em seu ponto mais alto, a OceanX atinge os 219 metros e a largura de 369 metros. A expectativa é de que ela possa gerar a média de 54 milhões de quilowatts-hora de eletricidade por ano, o suficiente para atender o consumo diário de 30.000 famílias anualmente. A estrutura, com um peso aproximado de 15 mil toneladas, foi projetada para operar em águas com profundidade mínima de 35 metros

Em seu perfil no LinkedIn, a fabricante chinês Mingyang divulgou imagens do momento da tempestade e afirmou que a plataforma “não se intimidou com a fúria da tempestade”. Segundo a empresa, a plataforma resistiu aos fortes ventos na instalação localizada na costa sudeste da China.

or outro lado, alguns vídeos e imagens publicados nas redes sociais mostram turbinas eólicas destruídas após a passagem do tufão. Segundo o site especializado WindPower, isso ocorreu em um outro projeto eólico costeiro, em Mulan Bay, também na ilha de Hainan, ao sul da China.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/10/22/nem-tufao-derruba-uma-das-maiores-turbinas-eolicas-offshore-do-mundo.ghtml