5,6 bilhões de barris de petróleo! Petrobras pode enfim conseguir liberação do Ibama para explorar novo pré-sal e voltar a ser potência no setor
Imagine uma reserva de petróleo capaz de aumentar em 37% as já vastas reservas do Brasil, garantindo segurança energética em um futuro próximo. Esse é o cenário que a Petrobras almeja, mas antes precisa superar um grande obstáculo: obter o aval do Ibama para explorar a promissora Margem Equatorial.
De acordo com informações do site Poder360, a Petrobras está a um passo de conseguir a liberação do Ibama para explorar a Margem Equatorial, uma das últimas fronteiras petrolíferas não exploradas no Brasil.
O bloco FZA-M-59, situado na bacia da Foz do Amazonas, está a mais de 500 km da base mais próxima, localizada em Belém (PA). Essa distância foi considerada inaceitável pelo Ibama, que apontou a necessidade de uma resposta rápida em caso de vazamento de óleo.
A proposta da Petrobras
Em resposta às exigências do Ibama, a Petrobras apresentou um novo plano que inclui a construção de uma base marítima no Oiapoque (AP), a apenas 170 km do bloco FZA-M-59.
Essa mudança estratégica visa melhorar a capacidade de resposta da empresa em situações de emergência, abordando uma das principais preocupações do órgão ambiental.
Segundo fontes internas, agora a expectativa é que o processo de licenciamento finalmente avance, dependendo apenas de a Petrobras seguir adiante com a implementação desses novos planos.
O Ibama, que anteriormente havia negado a licença devido à fragilidade dos planos de contingência da estatal, agora considera que o processo depende mais das ações da Petrobras do que de sua própria avaliação.
A importância da margem equatorial
A Margem Equatorial, que se estende do litoral da Guiana até o Rio Grande do Norte, abrange cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
Essas bacias, juntas, representam uma vasta e ainda inexplorada reserva de petróleo que pode ser crucial para o futuro da produção energética brasileira. Estudos indicam que apenas o bloco FZA-M-59 tem um potencial de 5,6 bilhões de barris de petróleo.
Conforme análises da Petrobras, essas reservas poderiam ser fundamentais para compensar a queda esperada na produção do pré-sal a partir da década de 2030. Com o mundo ainda dependente do petróleo até pelo menos 2050, essa nova fronteira pode garantir que o Brasil mantenha sua relevância no cenário global.
Próximos passos e desafios
Mesmo que o Ibama aprove a licença, a Petrobras ainda terá que passar por um teste pré-operacional rigoroso, que avaliará sua capacidade de resposta a um possível vazamento.
Esse teste será determinante para garantir que a exploração seja realizada de maneira segura, minimizando os riscos ambientais. Além disso, a estatal precisará continuar monitorando e ajustando seus planos de emergência, garantindo que estejam à altura das expectativas e exigências ambientais.