Indústria e agropecuária caminham juntas no Ceará, cada uma cuidando do que lhe cabe.
Neste momento, os industriais cearenses estão a celebrar a aprovação do Marco Regulatório do Hidrogênio Verde, que, para ser Lei, precisa da sanção do presidente da República. Como manda o bom regulamento do marketing, o governo deverá fazer no Palácio do Planalto um evento para solenizar e tornar realidade o sonho sonhado há mais de três anos por empresas brasileiras e estrangeiras que estão prontas para construir suas unidades de produção do H2V.
No Hub do Hidrogênio Verde do Pacém, que se localizará na ZPE do Ceará, cinco empresas estão prontas para dar partida ao projeto que visa fazer deste estado o principal polo nacional de produção do que já é chamado de “combustível do futuro”. Um futuro que chegou.
Discreta, silenciosa e eficientemente, o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, conversa todos os dias, ao telefone ou pessoalmente, com os diretores das empresas que têm projetos de investir aqui na produção do Hidrogênio Verde. Ele não tem dúvida de que os cearenses “terão boas surpresas daqui para a frente na área da transição energética”.
Mas o presidente da Fiec adverte para a necessária qualificação da mão de obra, algo a que já se dedicam o Seis e o Senai, que ministram cursos exatamente para as áreas das energias renováveis e da produção do hidrogênio verde, para o que utiliza eletrolisadores, equipamentos que usarão as indústrias do Hub do H2V no Pecém.
Tem mais: a Fiec já colocou à disposição dessas empresas todo o seu Observatório da Indústria, que, como esta coluna já revelou, contém 7 trilhões de informações sobre todo e qualquer setor da economia do Ceará, do Brasil e do mundo, manancial à disposição de quem quiser investir aqui. Nenhum outro estado do país dispõe dessa plataforma, na lista de cujos clientes estão grandes empresas privadas e públicas locais, nacionais e estrangeiras.
No lado da agropecuária, registra-se o mesmo movimento. Por exemplo: hoje, terça-feira, 16, técnicos do Observatório da Indústria visitarão o Centro de Inteligência do Agronegócio (Ciagro) que a Federação da Agricultura (Faec) instalou e opera numa dependência exclusiva de sua sede, no Jardim América.
Esse equipamento foi criado com a exclusiva finalidade de transmitir a melhor e mais atualizada informação de que precisa o investidor para localizar, dimensionar e calcular o retorno do seu investimento em qualquer área da agropecuária cearense.
Em resumo: a liderança do agro no Ceará cuida hoje de orientar o produtor rural, “principalmente o pequeno, para o qual todo o Sistema Fiec/Senar está voltado”, como faz questão de enfatizar o presidente da Faec, Amílcar Silveira, que também bate na tecla da “cada vez maior união com o setor industrial”.
O secretário do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, Salmito Filho, que acompanha o desenvolvimento dos dois setores, celebra essa união, citando, como exemplo dela, o crescimento da economia cearense no primeiro semestre, que teve a indústria como carro chefe. Ele diz que “isso é fruto da boa parceria da iniciativa privada com o governo do estado”.
Ele tem razão: é isso mesmo.
ECOFOR AMBIENTAL MOSTROU ROBÔS NO SANA
Maior evento de cultura pop e geek do Norte e Nordeste, o Sana deste ano, realizado na semana passada no Centro de Eventos do Ceará, teve uma novidade: um ringue com robôs ecológicos feitos com resíduos eletrônicos.
A iniciativa, realizada pela Ecofor Ambiental, empresa do Grupo Marquise, em parceria com o Instituto Robótica Sustentável, demonstrou o potencial da inovação tecnológica aplicada à sustentabilidade e reforçou o compromisso da empresa com práticas ambientais responsáveis. A ação dialoga diretamente com a campanha Maior Limpeza, que visa incentivar a reciclagem.
Além da luta entre os robôs, a Ecofor também apresentou o totem do game Ecocidadão, ferramenta educativa voltada principalmente para crianças e jovens. O objetivo foi alcançado, pois ensinou de forma lúdica e interativa a importância do descarte correto de resíduos e ensinou, os jovens a tornarem-se agentes ativos na preservação ambiental.
É assim que se faz.