Brasil ultrapassou 100 gigawatts de capacidade operacional em usinas de energia solar, mais que a potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo.
Energia solar teve um boom em 2021. Queda nas chuvas, o temor de racionamento e o encarecimento da energia, com as sucessivas bandeiras tarifárias faz consumidores aderirem a nova tecnologia. Atualmente, mais de 1 milhão de brasileiros usam o sol para gerar sua própria eletricidade (com 46,3 gigawatts produzidos). É gente que ajuda o meio ambiente com uma matriz limpa, e ainda pagava pouco todo mês na conta de luz.
O investimento em energia solar pode reduzir em até 95% a conta de luz, a despesa para instalação, bem menos salgada que no passado, é abatida em cinco anos em média. Mesmo quem não tem telhado com bom espaço livre ou mora em apartamento pode se beneficiar da tecnologia alugando a eletricidade de uma usina local.
De acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil ultrapassou a marca de 100 gigawatts de capacidade operacional em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos do país. O número, difícil de entender, representa mais que a potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo.
Energia solar é para quem tem ou não, telhados disponíveis
Quem não tem telhado para pôr as placas ou não quer pagar o valor inicial da montagem, pode ainda dar uma mão à natureza contratando empresas que captam a luz solar e a colocam no sistema da distribuidora local.
Para isso, basta procurar uma produtora próxima e a contratar o serviço pelo período que desejar. Nesse caso, a redução na conta, fica entre 10% e 15%.
João Albino, de 58 anos, instalou há seis meses as placas no teto de sua casa, na cidade de São Paulo. Segundo ele, pensou mais na natureza do que no seu bolso, mas não tem do que reclamar em relação a nenhum desses aspectos.
“Eu pagava R$ 1.200 em média na conta de luz, e hoje vem só a tarifa mínima, de menos de R$ 200. Para mim, não tem o que pensar. Nos meses em que gasto menos do que produzo, esse excesso vira crédito e posso aproveitar em um período que, por algum motivo, precise usar mais.”
O crédito também é utilizado no período noturno, todos os dias. Assim, se os paineis geram 10 kilowatts de manhã e à tarde e o morador usa apenas 7, o restante (3) fica para o gasto à noite. No fim do mês, calcula-se quanto foi fabricado e o quanto foi utilizado: se houver sobra, ela pode ser usada em meses posteriores; se se gastou mais do que produziu, a diferença é paga com a tarifa normal da concessionária.
A análise inicial é feita em cima dos gastos dos últimos doze meses na casa e inclui um questionamento sobre o que o consumidor pretende fazer futuramente e que pode ter impacto no uso de energia. Se quer ter um filho, por exemplo, ou comprar outros equipamentos, talvez seja aconselhado ampliar a geração.
Preço de instalação de painéis solares vem diminuindo e podem ser financiados pelo banco
O preço para instalar as placas caiu muito nos últimos anos e mesmo os valores atuais podem ser obtidos via financiamento bancário. Além de haver várias linhas de crédito dos bancos para energia solar, o consumidor tem que pensar que o retorno é rápido e que em pelo menos 80% dos casos, a parcela do financiamento sai mais barata do que a conta de luz que ele paga.
A conta de luz só não é totalmente zerada, porque as distribuidoras cobram pequenas tarifas de todos os consumidores, como a de uso da rede ou de iluminação pública.
queda no preço do equipamento por causa do desenvolvimento tecnológico foi de 90% nos últimos dez anos e a eficiência média por metro quadrado aumentou quase 50%. Não há mais razão para não cair no coração dos brasileiros
Mesmo em locais como a região Sul, é viável a instalação. Existe uma lenda urbana de que o painel solar só funciona com a luz do sol. Não é verdade, ele produz com a radiação. Assim com quem vai à praia e sai queimado, a placa capta a energia mesmo sem a luminosidade.