Santa Catarina terá sua primeira grande planta de produção de biometano em operação no ano de 2025. O projeto, já em instalação em Campos Novos, no Oeste do Estado, é da (re)energisa, controlada do Grupo Energisa, que está transformando a empresa Agric em unidade de biometano com investimento de R$ 80 milhões.
O Grupo Energisa atua no Brasil com transmissão e distribuição de energia, distribuição de gás natural e tem a (re)energisa na área de renováveis. Controlado pela família Botelho, encerrou 2023 com receita líquida de vendas de R$ 28,53 bilhões e lucro líquido de R$ 2,58 bilhões.
Veja imagens da futura usina de biometano:
Caminhões transportam o biometano
Imagem geral do projeto (Fotos: (re)energisa, Divulgação)
Depositos circulares contém resíduos orgânicos
Área de armazenamento
Outra vista do projeto
Até receber esse novo projeto, a usina era uma empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais para produção de fertilizante orgânico. Com esse investimento da (re)energiasa, o plano prevê que ela vai produzir 25.000 metros cúbicos por dia de biometano.
Além disso, a Agric vai tratar 350 toneladas por dia de resíduos e comercializar 3.500 toneladas por mês de adubo. O processo de tratar os resíduos e transformá-los em fertilizantes orgânicos faz parte da economia circular e fortalece a produção sustentável da região.
O projeto será tema de palestra no 6º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que abriu nesta terça-feira e vai até quinta em Chapecó. A apresentação, nesta quarta-feira, será feita pelo líder de Soluções Bioenergéticas do Grupo Energisa, Frederico Botelho será quarta. Ele falará sobre a Agric e também sobre o potencial do mercado de SC nessa área.
O Brasil tem um grande potencial para produção de biometano e biogás, mas tem dificuldades para instalar essas unidades em função da descentralização da produção. De acordo com a Associação Brasileira de Gás (Abiogás), a expectativa é de que a demanda por biometano no Brasil vai aumentar de 500 mil metros cúbicos por dia para 7 milhões de metros cúbicos por dia, para consumo, até o ano de 2029.